4 de mai. de 2011

Em boca fechada não entra mosca

Marco Rossi e Angelo Palombo (Foto: Getty Images)Como vocês sabem, existem dois times de Gênova na primeira divisão, o Genoa e a Sampdoria. Nenhum deles faz boa campanha, mas o Genoa ao menos pode se vangloriar de não estar lutando contra o rebaixamento. A cidade se prepara para o dérbi deste fim de semana: a três jogos do fim da Serie A, uma derrota da Samp pode ser um grande baque.

Marta Vincenzi, prefeita da cidade, é torcedora fanática da Sampdoria e, ontem, pediu que este seja “um dérbi com a marca da solidariedade e da civilidade”. Não satisfeita, disse que “pode-se brigar entre primos, mas somos todos da mesma família, então precisamos estar unidos”. É claro que a declaração pegou mal. Muitos torcedores do Genoa consideraram que a prefeita estava pedindo para que os jogadores “pegassem leve” com a rival. E a situação só piorou, quando a política quis marcar um encontro com os capitães das equipes.

Uma boa parte dos torcedores do Genoa ficou irada. Alguns criticaram a prefeita, dizendo que era inaceitável que pedisse solidariedade com à rival. Outros zombaram que ela apenas clamava por piedade, torcendo para que Genoa era acabar logo com o sofrimento da Sampdoria, a mandando para a Serie B já no próximo domingo.

A prefeita botou panos quentes, dizendo que foi apenas mal entendida. É bem provável que as palavras tenham sido mal interpretadas, até. Mas, da próxima vez, dá pra evitar a mistura entre política e futebol. Gianni Alemano, de Roma, e Michele Emiliano, de Bari, já ouviram o que não precisavam porque meteram o dedo onde não foram chamados. Não custa nada ficar quieta, prefeita.

Via Braitner Moreira, para ver a postagem original clique aqui.

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